Rui Frati é um aclamado ator e encenador brasileiro. Diretor do famoso Théâtre de l’Opprimé (Teatro do Oprimido), em Paris, surge nos dias de...
Mais informação“Nobis, le Théâtre Confiné”
Estreia em Paris no dia 8 de Novembro e na Madeira, na Ponta do Sol no dia 27 e em Machico no dia 28 de Novembro. Em francês legendado.
“Nobis, le Théâtre Confiné” nasceu de um desafio proposto por José Ramón Fernández, aclamado escritor e dramaturgo espanhol, uma das principais figuras literárias da sua geração. Nome familiar entre o público madeirense cujo texto “Je Suis Don Quijote de La Mancha” já foi previamente apresentado e encenado numa edição anterior do Festival Mini Travessuras, no Centro Cultural John dos Passos, a cargo da Produção Théâtre de l’Opprimé.
O confinamento vivido mundialmente que serviu de instrumento de batalha contra os efeitos da pandemia Covid-19 e deu de inspiração à narrativa.
Uma casa de repouso, uma instituição de caridade e um prédio partilham um pátio comum. Entre os habitantes destes espaços destacam-se quatro personagens: Mathieu, Saïd, Théophila e Luba. A visita de Lucie é um pretexto para entrelaçar os diários de pessoas anônimas, que pouco ou nada conhecem umas das outras. Num lugar distante a rotura do quotidiano aproximam dois estranhos, Belén e Nasser. Solidão e solidariedade, distância e proximidade, egoísmo e generosidade pontuam essas fatias da vida e questionam aquilo que nos é verdadeiramente importante.
Personagens inspiradas diretamente no movimento neorrealista e outras possuídas por uma loucura feliniana. O seu jogo teatral, reconstrói-se de acordo com os diferentes seres humanos que eles e elas representam. Para isso, a prática do teatro interativo, vivida diretamente com o público, dá-lhes os elementos para improvisar, para variar, sempre impregnados de emoções, do trágico ao cómico: da ternura à brutalidade humana.
Criação conjunta de Rui Frati e José Ramón Fernández, encenado por Rui Frati, com argumento assinado por Ester Catoira, Pilar González España, Almudena Ramos, baseado num texto de José Ramón Fernández e com as interpretações de David Antoniotti, Manuela Brazil, Clara Chapelet, Justine Chardin-Lecoq, Delphine Dey, Maria Teresa Ferreira, Bastien Girard-Lucchini, Léo Frati, Samira, Karabadja, Alain Ramírez, Thierry Vérin. Criação luzes Tanguy Gauchet. Cenografia Gladys Garot. Criação e direção musical Toninho Do Carmo.
A peça devolveu vida ao Teatro do Oprimido.