19h00 “Pintura em Ebulição”

Dalila Souto

 

Exposição patente

Inspirando-se pela criatividade artística na defesa e luta por direitos básicos como os direitos humanos, Dalila Souto propõe explorar a sua atração pela ação criativa e vanguardista de mulheres transgressoras e inovadoras, mulheres que quebraram tabus e dogmas e o papel secundário a que o paternalismo tentava restringi-las. Hoje símbolos e ícones de movimentos culturais, artísticos ou feministas, estas mulheres foram outrora transgressoras e até hoje assim permanecem, quiçá com conotações diferentes associadas à palavra transgressão.Selecionando figuras da música e artes plásticas que desde cedo inspiraram a artista, Dalila Souto cria inspirando-se em artistas como Nina Simone, Elis Regina e Frida Khalo, bem como a portuguesa Amália Rodrigues. Se as três primeiras são identificadas facilmente como transgressoras não só pela sua criação artística, mas também pelo seu papel feminista e de luta pelos direitos humanos e das mulheres, a última, Amália Rodrigues, mais discreta politicamente, teve uma importância ímpar na “revolução” do fado, este teve um antes e um depois de Amália.O atrevimento e inteligência da cantora ajudou a transformar o fado em forma de arte consciente, por vezes erudita e por vezes provocadora. Mulher segura, independente e profundamente criativa num país atrasado e preconceituoso foi exemplo para muitas mulheres portuguesas.Explorando a pintura com contrastes e técnicas informalistas, Dalila Souto navega estas figuras convidando os espetadores a testemunhar a criação e o processo em tempo real.

 

Data: Quinta-feira, 14 de Novembro a Domingo 17 de Novembro
Local:  Largo do Pelourinho da Vila da Ponta do Sol
Aberto ao público.

 

Dalila Souto

Artista plástica nascida em 1970 no Funchal. Licenciada em Artes Plásticas/Pintura pelo ISAD/UMA tendo exercido atividade como docente de Artes Visuais, Desenho A e...

Mais informação

A cada traço, a pintora busca capturar a essência das mensagens criativas que ecoam no festival. Suas pinceladas não são apenas movimentos artísticos, mas declarações visuais de criação, reflexão e busca por transformação. A tela em branco torna-se o palco onde as cores se misturam para dar vida às narrativas de resistência. Ao longo do festival, os espetadores têm a oportunidade única de testemunhar o processo criativo em tempo real. A pintora, imersa na energia do evento, absorve as influências das performances, exposições e debates que permeiam o ambiente. Cada pincelada reflete não apenas a habilidade técnica, mas também a resposta visceral da artista aos temas candentes que permeiam o festival. A pintora, ao criar em tempo real, não apenas contribui para a atmosfera efervescente do evento, mas deixa para trás uma narrativa visual duradoura, convidando os espetadores a continuar a reflexão para além das datas do festival.